Em cinco capítulos, dirigidos por Rafael Pirrho, o documentário do Globoplay busca o equilíbrio, dificuldade que supera apesar de tratar do mais desequilibrado dos nossos cartolas, o caudilho, o folclórico, o sanguíneo, o apaixonado Eurico Miranda.
Ninguém é 100% bom ou 100% ruim é o lema da série, rica em depoimentos e imagens dos melhores e piores momentos do Vasco durante quatro décadas em que o nome de uma pessoa se misturou com o nome de outra.
Se o resultado da simbiose foi melhor para o clube ou para Miranda é uma conclusão do médico. Deixe isso para quem vê.
De imediato, uma avaliação surpreenderá quem odeia a cartola: a doçura de Sylvia, a viúva, e seus quatro filhos, três homens e uma mulher.
É claro que se esperam deles declarações amorosas, saudosas e comovidas. E é assim que, delicadamente, revelam também os exageros da personagem.
De natureza hiperbólica, não poderia nem ser tratada de outra forma, mas existe…